EDUCAÇÃO
PRÉ - ESCOLAR E LINGUAGEM
“A
aquisição da linguagem é, provavelmente o mais impressionante que o ser humano
realiza durante a infância”
(Inês Sim
Sim, 1997)
Atitudes
a Promover nos Pais / Educadores e a Estimular nas Crianças
Na
medida em que cada vez mais, encontramos no nosso dia a dia crianças com
dificuldade na articulação dos sons, é cada vez mais importante ter em conta
alguma atitudes. Não sendo o trabalho do jardim-de-infância, um trabalho
especificamente de estimulação precoce, vale
a pena considerar cada um destes aspetos, na medida em que eles podem contribuir
para o desenvolvimento da linguagem.
Estabelecer o contacto ocular,
nenhum intercâmbio deve ser iniciado sem a presença do contacto ocular pois
este é o primeiro estímulo;
Observar,
implica que o educador esteja com os olhos bem abertos para captar todas as
mensagens da criança;
Esperar, a
criança está num processo maturativo de funções, devemos estar atentos à
exteriorização desses sinais;
Escutar,
devemos prestar atenção a todos os sinais de comunicação que as crianças
transmitem;
Nomear, é dar
nome a pessoas, objectos, sentimentos, qualidades e acções;
Preparar o contexto,
significa antecipar a sequência de uma rotina. A rotina de uma criança
executada desde muito cedo ajuda-a a fazer a antecipação do que vai suceder;
Seguir, é
estar atento a todos os sinais de comunicação da criança, favorecendo a tomada
de iniciativa, o seu poder de decisão. A criança pode revelar-nos assim os seus
centros de interesse, a sua motivação e ganhar autonomia;
Repetir,
refere-se à repetição de forma agradável e diversificada de palavras e de
sequências de actividades;
Trabalhar os cinco sentidos,
quanto mais um conceito é abordado, nas suas diversas dimensões, maior e melhor
se torna a sua compreensão;
Imitar, ao
ser imitada a criança aprenderá a imitar o adulto adquirindo novos
conhecimentos, esta experiência valoriza a relação;
Expressão verbal e não-verbal, a
criança aprende a falar ouvindo falar, ao tentar imitar os sons da língua do
adulto;
Incitar, a
atitude do educador é da retaguarda e não de substituição, é a pequena ajuda
muito específica. O educador não faz pela criança, mas faz de suporte tão
discreto quão eficaz. É saber criar uma subtil dosagem das expectativas: assim
estas não devem ser baixas de mais, o que provocaria “um mastigar a papinha
toda”, nem altas de mais, o que poderia levar a frustração devido a insucessos
repetidos na execução de uma tarefa.
A Educadora: Adelaide Araújo
Fonte: Rigolet, Sylviane A. (2006) Para uma Aquisição Precoce e Optimizada da Linguagem. Porto
Editora